sábado, 22 de fevereiro de 2014

TEXTO PARA ANÁLISE p.510

1- “a verdade nua manda dizer que entre as raças de variado matiz, formadoras da nacionalidade e metida entre o estrangeiro recente e o aborígine de tabuinha no beiço, uma existe a vegetar de cócoras, incapaz de evolução, impenetrável ao progresso. Feia e sorna, nada a põe de pé”. O narrador não acredita que a mistura de raças que formou a nossa nacionalidade tenha gerado uma raça forte e heroica. Para ele, o caboclo representa uma raça fraca, constituída por preguiçosos, que existem “a vegetar de cócoras”, simbolizando o que há de mais atrasado no Brasil. 2-a) Nos romances, segundo o narrador, o Jeca é apresentado como um mercador, um lavrador e um filósofo. b) Uma figura preguiçosa, que vive e vegeta de cócoras, sem que nada desperte o seu interesse e o leve a agir. Valendo-se da lei do mínimo esforço,o Jeca alimenta-se apenas do que a natureza lhe oferece e é alheio a tudo que se passa à sua volta. 3- PESSOAL: a imagem do caboclo como um “parasita” (urupê) que extrai da terra o que ela tem a oferecer até esgotá-la pode ser derivada de uma visão preconceituosa, mas reflete, de alguma forma, a denúncia de um Brasil do atraso até então desconhecido. 4- Ao combater a imagem idealizada que se criou do caboclo, à semelhança daquela que caracterizou o indígena romântico, a crítica feita no texto revela o desejo de mostrar a realidade brasileira na figura que a representa: o caboclo que habita as paisagens interioranas no ciclo do café.

Nenhum comentário:

Postar um comentário